Nota 4,0 Feito para a TV, suspense se perde em meio a situações desnecessárias ou absurdas

Sem querer prejudicar o rapaz sem ter provas concretas, o professor decide recorrer à ajuda do detetive Irwin Sikorski (Randy Quaid), o investigador que consta na documentação de óbito, embora seja informado que ele não estava presente durante a autópsia. O profissional afirma que jamais deixa de cumprir suas obrigações e por isso acha que se trata de um trote de mau gosto, mas fica intrigado por ter seu nome envolvido. Um tal de Roy Bremmer (Angus Macfadyen) também é citado nos laudos como suspeito, mas Neumeyer não tem a menor desconfiança de quem seja. Para completar a confusão, Claudia entrega uma arma ao namorado para se proteger, o que o deixa com a pulga atrás da orelha quanto a idoneidade da companheira que poderia estar de olho em seu seguro de vida. Escrito por Anthony Peckham, Robert Zappia e David Aaron Cohen, o enredo realmente tem um início promissor apesar de que a forma como a misteriosa pasta surge já é um indício de que algo de segundo escalão está por vir. Dividida pelos acontecimentos de cinco dias cravados que soam como uma corrida contra o tempo para o protagonista mudar o seu destino, a trama tem um leve quê de inspiração no terror Premonição e segue razoável até o terceiro ato, mas daí por diante começa a entediar com suas pontas soltas e excessos de situações que só servem para encher linguiça, como a prisão de Carl por suspeitas de envolvimento com drogas ou uma fuga de avião interrompida por um passageiro que passa mal. A longa duração não é condizente com a grade horária da TV, o que leva a crer que a produção seria uma minissérie que foi compilada para lançamento em DVD, mas é uma obra de tanta relevância que na internet o máximo que se encontra é uma sinopse vagabunda e os nomes dos atores. O diretor Michael W. Watkins deve ter tido trabalho para decidir como expandir um argumento bom, mas que na hora de desenvolver mostra-se repleto de furos e pontos desencontrados. Cinco Dias Para a Morte pode até ser que tenha um final condizente com o perfil da produção (suspense meia boca), mas a essa altura já estamos tão fatigados que pouco nos importa o destino do protagonista. E pensar que Hutton um dia já foi agraciado com o Oscar e tido como promessa de bom ator. Seu currículo mostra que a estatueta dourada para alguns não deve significar nada.
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